terça-feira, 17 de julho de 2012
Transe II
(em resposta a Transe)
Há uma imagem que se pinta em minha frente
De olhos hesitantes e sorriso quebrado
Ele arromba portas por não saber bater
Troca o prazer saboroso pelo fel da vida
Protege seus muros com uma gargalhada irônica
Esconde-se em sons inaudíveis às massas
Desvencilha-se trêmulo travado aterrorizado
Colhe as migalhas medíocres dos dias
Dedilha melodias vazias
Deflora gozos de ilusão
Aliena-se em meio às tempestades
E se entorpece em um transe irresistível
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Numa hora dessas
É bem numa hora dessas
Quando as paredes e nada além me cercam
e são minha única companhia
É assim numa hora dessas
quando o sol cai
e se instala a noite
com todas as suas promessas
de horas longas e vazias
É numa hora assim que
ela me visita
a Loucura.
Bate em minha porta
e me acompanha
pois as paredes não são tão boas amigas assim
cheias de perfeição superficial e plana
e a Loucura dialoga
a Loucura preenche os espaços vazios dessa casa
e não me deixa só.
Me acalenta o sono da noite,
me põe para dormir.
E sempre deixa a promessa
de que virá me visitar novamente
e preencher meus vazios
assim, numa hora dessas.
Quando as paredes e nada além me cercam
e são minha única companhia
É assim numa hora dessas
quando o sol cai
e se instala a noite
com todas as suas promessas
de horas longas e vazias
É numa hora assim que
ela me visita
a Loucura.
Bate em minha porta
e me acompanha
pois as paredes não são tão boas amigas assim
cheias de perfeição superficial e plana
e a Loucura dialoga
a Loucura preenche os espaços vazios dessa casa
e não me deixa só.
Me acalenta o sono da noite,
me põe para dormir.
E sempre deixa a promessa
de que virá me visitar novamente
e preencher meus vazios
assim, numa hora dessas.
quarta-feira, 7 de março de 2012
Linha
O mundo caminha em uma linha pré-riscada.
Eu
me
arrasto
em
um
turbilhão
caótico
O mundo transita em um caminho imaginário.
minha
mente
desconhece
divaga duvida
descrê
demora
dispara
descende
disseca
dilui
dorme
O mundo desperta para um novo dia.
eu
passado agora
e agora? talvez
pudera
quisera
sambava fugia
farei
insônia
parei
O tempo transita sem olhar para trás.
corpo
cede
cabeça
caça
coração
cansa
mais
nada
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