sábado, 20 de agosto de 2011

Revolução

A revolução está chegando. Armas em punho. Apontadas para mim, como deve ser. A revolução se organiza. Campos de guerrilha se espalham. O treinamento é intenso aqui dentro. As idéias se arrastam, se propagam. Em surdina. Eu tomo nota. A semente foi plantada e há um burburinho que se espalha rapidamente, a fim de agregar mais e mais ação. Clandestinamente, o embrião da revolução é gerado, alimentado, e cresce. Ela está por vir, e é bem vinda. É ansiosamente aguardada. O estado atual já não comporta mais a força das minhas novas idéias. Meu organismo, cansado, esgotado, confuso, perdido, revoltado, irritado, aguarda a chegada de uma nova era.

Não se sabe muito bem os rumos a partir de então. Não há um planejamento concreto. Apenas um grito há muito abafado. Com potência diretamente proporcional ao tempo de espera. Que derrubará muros. Destruirá as bases da estrutura vigente. E tudo recomeçará.

As bandeiras estão a postos. A cara está pintada. As armas estão carregadas. O grito está na garganta, a ponto de sair. A insurreição está armada. A energia é vibrante. A expectativa, imensa. Nada será como antes. 

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