Olhava para fora, sentada à janela
Mãos sobre os joelhos
Braços esticados
Pés no chão
Via além do vidro, além das grades
Via o azul, via o horizonte distante
As grades não estavam lá
Só a energia do sol, dominante, aquecendo o interior, a pele, o ânimo
E seus olhos não perdiam o horizonte de vista
Os gritos não estavam lá
Ouvia o som do ar, do sol, do verde
Ouvia melodias e poemas. Os gritos, não. Agora não...
Sentada, olhando para fora
Fora
E dentro, só silêncio
Silêncio revoltoso, energético, retumbante
Harmônico
Doido pra sair
E um sorriso brotou
14/10/2008
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